domingo, 1 de setembro de 2019

Saber amar é saber se amar

Já estou 3 anos solteira, quando digo solteira, me refiro ao fato estar 3 anos sem me relacionar profundamente com ninguém. Nesses 3 anos conheci e me relacionei sem me aprofundar muito. Muito mais com o pé no freio que no acelerador. Sinto falta? Sim! Mas estou em busca? Não!
Não sei se não consigo mais, ou se não encontrei ninguém que conseguisse. Não sei se foi por escolha ou por algum tipo de imposição do universo. Só sei que conheci muito cara cuzão e muito cara maneiro. Alguns eu até consegui manter uma conexão de amizade,  outros uma conexão de indiferença e outros uma conexão de ranço. Mas todos me trouxeram aprendizado, todos acrescentaram alguma coisa na minha alma que me deixou mais forte, mais madura e mais compreensiva.
O fato é que hoje eu não deixo meu namorado me escolher, pois era assim que eu me relacionava, o cara decidia me namorar e eu simplesmente aceitava e deixava rolar. Nunca fui de me entregar de cara, mas bastava o cara se entregar para eu meu entregar também. Hoje eu sou completamente diferente. Confesso que não sinto mais vontade de ter um relacionamento sério, eu sinto preguiça só de pensar que alguém vai querer saber dos meus passos, que eu vou ter que consultar alguém quando decidir viajar ou ir para qualquer lugar no fim de semana, ou me preocupar com qualquer coisa pensando que tenho que dividir isso com alguém... enfim... Minha liberdade emocional foi uma conquista que não sei se saberia lidar com uma possível "amarra" que poderia vir atrelada ao simples fato de eu GOSTAR de alguém. Eu não sei se tenho estrutura para isso. Mas não direi dessa água não beberei, pois certamente me afogarei de tanto que beberei. Só sei que tem gente que eu gosto e que eu fujo, fujo pq sei que gosto e que só me traria problemas, é tipo um alívio do que a gente não vai viver.
A vida ensina, mas a gente só aprende quando quer, acho que tô aprendendo.

Meu coração libriano

Meu coração libriano é puro, é ledo engano.
Não sabe se é bom ou ruim
Mas quer fazer mesmo assim
Meu coração libriano
É ledo engano
Não sabe o que quer enfim

Meu coração libriano
Gosta tanto de fulano
Mas as vezes não tá afim
Fala que gosta, quando gosta
E quando não gosta, fala mesmo assim

Meu coração libriano
Não esquece aquele malandro
Que nunca vai te fazer feliz

Mas meu coração libriano
Também parte uns corações
Fica loucamente apaixonada
Faz poema, fica alucinada
E depois já não gosta mais

É divertida, é emponderada
Mas nunca decide nada
Não sabe se posicionar
Não sabe decepcionar
Quer agradar todo mundo
Mas também quer se agradar
Não sabe o que vai fazer
E nunca desmarca com ninguém
Confirma presença e não aparece

Ah coração libriano
Que nunca será de ninguém